Os novos representantes de Minas

O cantor Eros Biondini eleito pela primeira vez

Com um índice menor de renovação a bancada dos deputados da Assembléia de Minas Gerais que iram integrar a 16ª Legislatura em 2007 contará com 31 eleitos e 44 reeleitos.

Destes 31 novos, sete exercem atualmente o cargo de vereador, e oito vão atuar pela primeira vez em cargo eletivo. O PSDB elegeu 16 candidatos e continua sendo o partido com maior número de representantes, embora esse número seja inferior aos atuais 18 parlamentares.

Estreando na vida política o músico e veterinário Eros Biondini (PHS) alcançou a vitória com os votos da renovação carismática católica da qual faz parte e trabalha como evangelizador há 16 anos, ficando conhecido após gravar músicas cristãs e promover shows com inspiração religiosa.Ele pretende contribuir com o social ajudando a quem precisa. “Posso contribuir com os que mais necessitam. A preocupação é mesmo com o social, saúde e educação. Os nossos projetos serão sempre em defesa dos mais carentes e dos que estão à margem da sociedade”, afirmou.

O candidato estadual mais bem votado do Partido Verde em Minas com 99.805 votos é o empresário Agostinho Patrus Filhos que se elegeu pela primeira vez. Filho do ex-deputado e atual secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas Agostinho Patrus.

Seguindo em família também estão os irmãos Elismar e Welliton Prado ambos do Partido dos Trabalhadores.Elismar Prado é Músico e vereador de Uberlândia e se elegeu pela primeira vez como deputado federal. Wellinton Prado se reelegeu como estadual sendo o terceiro mais bem votado de Minas . Sua militância foi iniciada em movimentos estudantis e foi considerado em 2005 o deputado mais atuante da assembléia.Elismar foi destacado por fazer uma campanha com baixo custo, enquanto candidatos gastavam cerca de quinze reais por eleitor Wellinton não chegou a desembolsar trinta centavos.

Iniciando na política o consultor comportamental Antonio Roberto foi à aposta do Partido Verde que deu certo, ele obteve 141.295 votos.O psicólogo possue um programa diário de comportamento no SBT e na Rádio Itatiaia além de assinar uma coluna no jornal Estado de Minas o que facilitou sua eleição.





O fim dos "nanicos"

O presidente do PC do B Renato Rabelo não admite fusão de seu partido
Cláusula de barreira
Com o fim das eleições os chamados partidos “nanicos”, estão enfrentando outra grande batalha, a cláusula de barreira.Um dispositivo legal que exige da coligação partidária o mínimo de 5% do total dos votos para a câmara dos deputados.
Os que não conseguiram atingir essa meta não deixaram de existir, mas terão de se contentar com uma existência muito limitada.
Uma das restrições é a redução do tempo de propaganda política que será de dois minutos por semestre em rede nacional de rádio e TV. Haverá uma diminuição dos recursos financeiros que são destinados através do fundo partidário (principal fonte de recursos dos partidos). E eles também não terão participação parlamentar impedindo assim a indicação de líderes ou nomeação de integrantes para comissões, não podendo constituir suas lideranças nas Casas Legislativas.
Para ultrapassar a cota alguns partidos resolveram se fundir, o PTB se uniu ao Pan, já o Prona, PL e o PT do B criaram o partido republicano.Porém por questões ideológicas muitos não aceitam essa fusão, como é o caso do PV que rejeitou a aliança com o PSC.Segundo a assessoria de comunicação do PV eles não possuem identificação nenhuma nem apoiam as mesmas causas,
O PSOL, Pcdo B, PV, e o PRB não têm intenção de se unir a outros partidos, alegando que não querem passar por modificações. O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, afirmou que não vai se aliar a nenhum outro partido. "É uma legenda histórica”, disse.
Representantes dos partidos que não conseguiram vencer a cláusula se uniram e entregaram dia oito deste mês ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), um “memorial”, que lista argumentos que torna a lei inviável e questiona a regra reforçando o argumento de que ela é inconstitucional.

Depois da formatura o desemprego





O tão sonhado diploma não é suficiente para conseguir lugar no mercado de trabalho.Muitos jovens se formam e acabam trabalhando em funções inferiores a sua especialização.Segundo dados do Ministério de educação cerca de 528 mil novos profissionais são colocados no mercado de trabalho anualmente.Todos estes além de um diploma carregam em sua bagagem muita vontade de trabalhar em sua área de especialização, embora muitos possuam em seu currículo faculdades conceituadas e cursos de aperfeiçoamento isso não é o suficiente para que eles sejam inseridos no mercado de trabalho.
A turismóloga Márcia Maria, 26 formou-se há 5 anos e possui além do título de bacharel a conclusão de pós graduação em gestão ambiental ,ela afirma que acreditava que pós graduada teria mais condições de enfrentar o mercado.’’Até comecei a trabalhar na área, mas a remuneração não chegava nem próximo ao valor que tinha investido na faculdade então preferi trabalhar em outra área."Cheguei a trabalhar de recepcionista e vendedora hoje atuo como operadora de telemaketing que me oferece um salário razoável".

A turismóloga não é exceção. Cerca de 8% das pessoas com ensino superior exercem funções abaixo de sua qualificação. Os dados levantados pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmam que a quantidade de pessoas formadas e desempregadas está aumentando em 1991 era de 2,7% hoje chega a 9,8%.

Segundo Márcia até mesmo em cargos mais baixos há dificuldades, pois os recrutadores vêm com desconfiança currículos com grandes titulações.”Nas agências de emprego me questionavam sempre quanto aos inúmeros cursos de aperfeiçoamento e a pós-graduação, há um temor quanto ao provável descontentamento com o cargo de qualificação menor”.

Muitos recém formados optam por outras áreas ao invés de ficar esperando por uma vaga de sua especialização, os formados em comunicação social ,psicologia,letras recorrem quase sempre ao cargo de telemaketing,já os formados em enfermagem,engenharia recorrem sempre as vagas dos cursos técnicos.





Educação ambiental



Haja pasto

O Brasil é hoje um dos maiores exportadores agropecuários do mercado internacional e o segundo maior consumidor de carne no mundo.As condições geográficas privilegiadas garantem ao País uma abundante oferta dos recursos naturais, facilitando e ampliando o comércio.Trata-se de uma atividade rentável, já que a carne é o segundo maior ítem de exportação brasileira.Mas o grande problema são os altos custos ambientais que não se incluem no valor final da carne, gerando fatores irreversíveis ao meio ambiente.

O setor agropecuário é o maior responsável pelo desmatamento e pela destruição da biodiversidade da Amazônia. Anualmente, milhares de espécies são extintas ou têm seu habitat natural destruído com o único objetivo de ampliar a criação de bovinos.Os solos se tornam improdutivos, pois há uma compactação devido ao pisoteamento do gado. O desmatamento e as queimadas fazem do Brasil um dos principais países emissores de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa. As
mudanças climáticas são preocupantes.
Atualmente existem cerca de 35 milhões de cabeças de gado e 22 milhões de habitantes na Amazônia.Em crescimento acelerado, a agropecuária exige cada vez mais milhões de toneladas de grãos para alimentação bovina, sendo que apenas uma reduzida parcela da população possui renda para o consumo da carne. A soja produzida para os animais poderia ser consumida por boa parte da população miserável, auxiliando na fome, um dos principais problemas mundiais.
Outro fato alarmante é a poluição da água pelos dejetos dos animais e a contaminação dos lençóis freáticos por remédios, carrapaticidas e hormônios usados nas criações de gado. Há também um consumo exagerado e ineficiente, pois para produzir um quilo de carne bovina são necessários 43 mil litros de água enquanto a produção de soja utiliza dois mil litros. São consumidos pelos animais diariamente cerca de 50 mil litros de água.
A pecuária é hoje a principal responsável pelos prejuízos ambientais da Amazônia. Na persistência e no crescimento desenfreado do consumo e da exportação em breve resumiremos a natureza do Brasil a uma lenda ou a um grande churrasco.

Vida de cão

Cão de raça abandonado e acolhido por moradores derua


Não existe uma estatística exata sobre o número de animais abandonados na cidade de Belo Horizonte. No entanto sabe-se que todos os dias muitas pessoas abandonam seus animais sejam eles de raça ou não. A superpopulação de cachorros ainda é um problema da cidade, que gasta muito mais para sacrificá-los do que para castrá-los.
A castração é hoje uma das melhores soluções para diminuir o número de animais nas ruas.É quase rotina ver animais soltos, perdidos pelas avenidas, provavelmente deixados ali por seu dono que, da noite para o dia, decidiu que não queria mais o bichinho. É uma verdadeira legião de animais órfãos, sem casa, comida, carinho, que sofrem, estão cansados, famintos e doentes.A prefeitura de Belo horizonte abate diariamente cerca de 150 animais com o objetivo de prevenir zoonozes.
Estima-se que 90% dos animais mortos pelo CCZ estejam saudáveis, isto é, não são portadores de doenças infectos - contagiosas que coloquem em risco a vida humana.Os cães que perambulam nas ruas são abandonados pela população muitas vezes porque doenças muito simples e corriqueiras que poderiam ser prevenidas ou tratadas não são sanadas devido à falta de acesso a um sistema de saúde gratuito para os animais. Uma vez nas ruas, qualquer ser humano nas mesmas condições, também adoeceria.
A acusação tão alardeada de que os animais são transmissores de doenças, deveria conscientizar o poder público a tratar da saúde dos animais, pois conseqüentemente estaria cuidando da saúde humana. Numa população de rua estimada em 30.000 animais e sabendo-se que uma cadela pode gerar indiretamente 67.000 filhotes em 6 anos, é fácil concluir que matar não resolve o problema.