Mercado Central e o comércio de animais

Foto:Kelly Almeida
Em gaiolas,estressados e amontoados. Assim os animais passam dias e noites esperando até talvez um dia serem vendidos.



O Mercado Central é hoje um dos maiores centros comerciais de Belo Horizonte, além de ser um grande polo turístico. Característica marcante do mercado são os diferentes atrativos comerciais, cerca de 400 lojas que dispõem de artesanato, produtos alimentícios, artigos religiosos, salões de beleza, relojoaria, dentre outros.
A grande polêmica é o comércio de animais, alvo de críticas por ambientalistas e protetores da vida anima.Eles condenam a forma truculenta que os animais são tratados e as condições precárias de vida a que são submetidos.
Comercializa-se no local cães, gatos, peixes e aves diversas, a maioria dos comerciantes não respeita o direito dos bichos. É comum ver cenas de peixes vivendo dentro de copos.
Já os que vivem em aquário não são tão grandes quanto o necessário e freqüentemente morrem por falta de oxigenação ou disputas territoriais.

As aves ficam sempre amontoadas e chegam a colocar até dez galinhas numa mesma gaiola.É normal se deparar com bichos doentes junto com outros sadios.Diversas vezes o Mercado sofreu apreensão de animais, inclusive silvestres.
Com cães e gatos a situação é mais cruel, os animais são obrigados a viverem engaiolados, muitas vezes não existindo possibilidade de locomoção, o local é muito pequeno, e há também propagação de doenças já que eles não recebem acompanhamento veterinário adequado.
De acordo com Márcia Souza,26,telefonista, deveria ser proibido a venda de bichos." Há um mês comprei um cão no mercado,e em uma semana o animal morreu de virose,além do prejuiúzo financeiro fiquei penalizada com a situação dos cães daquele local".Ela afirma também que não é a primeira pessoa que passa por esse transtorno e situações semelhantes acontecem diariamente.
A liga de prevenção ao animal vem há anos tentando mudar essa situação e realiza um trabalho de conscientização para que haja um maior rigor por parte da Prefeitura e do Ministério Público da comarca de Belo Horizonte para sanar este problema.